Olhando a nuvem de oiro que flutua...
Ó minha perfeição que criou Deus
E que num dia lindo me fez sua!
Nos vultos que diviso pela rua,
Que cruzam os seus passos com os meus...
Minha boca tem fome só da tua!
meus olhos têm sede só dos teus!
Sombra da tua sombra, doce e calma,
Sou a grande quimera da tua alma
E, sem viver, ando a viver contigo...
Deixa-me andar assim no teu caminho
Por toda a vida, Amor devagarinho,
Até a Morte me levar consigo...
ESPANCA, Florbela, Eu não sou de ninguém - Poesia de Florbela Espanca, Coimbra, 3.ª edição, Alma Azul, 2007, p.20.
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