Do boticário e tratadista de xadrez, Damião de Odemira pouco se sabe, apenas que existe uma declarada relação com Odemira e com a botica, e que nasceu na 2.ª metade do século XV. A vila homenageia-o com esta simples escultura no seu jardim.
Proveniente, com muita probabilidade, de família de boticários, o que
explicará o seu nome (S. Damião é o protector dos boticários), ele
próprio boticário, Damião de Odemira português, como é alternativamente
conhecido, escreveu um tratado de xadrez intitulado "Questo libro e da
Impare Giochare à Schachi...", que passaria a partir de 1512 (data da 1ª
edição) a ser considerado pelos especialistas como o primeiro grande tratado
deste jogo.
Escrito em italiano, e também, algumas partes, em
castelhano, as línguas cultas da época, conheceu ao longo dos tempos
inúmeras edições, em várias línguas (francês, inglês e alemão) mas não,
curiosamente, em português.
Ainda hoje, graças a Damião, são
conhecidas jogadas que referem o nosso País como a “abertura portuguesa”
ou “gambito de Damião”. O xadrez era naturalmente, na época, um jogo de
elites. O seu livro repercute, portanto, de alguma forma, um meio económico e
social originado na atmosfera dos descobrimentos marítimos.
Ele constitui, sem dúvida, um contributo marcante de um português
odemirense para a cultura europeia.
No Jardim do Parque Infantil pode-se encontra-se esta estátua de Damião de Odemira, da autoria da artista popular Liberdade Sobral.
Fonte: https://www.cm-odemira.pt/frontoffice/pages/367
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