Um rio é a infância da
água. As margens, o leito, tudo a protege. Na foz é que há a aventura do mar
largo (…) Acabou-se mesmo qualquer passado. É o convívio com a distância, com o
incomensurável, é o anonimato. E a todo o momento há água que se lança nessa
aventura. Adeus margens verdejantes, adeus pontes, adeus peixes conhecidos.
Agora é o mar salgado, a aventura sem retorno, nem mesmo na maré cheia.
BELO,
Ruy, Homem de palavra[s], Porto, Assírio e
Alvim, 2016, p 130.
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