domingo, 16 de janeiro de 2022

"Ao inferno, senhores"

 Ao inferno, senhores, ao inferno dos homens,

Lá onde não fogueiras, mas desertos.

Vinde todos comigo, irmãos ou inimigos,

A ver se povoamos esta ausência

chamada solidão.

E tu, claro amor, palavra nova,

que a tua mão não deixe a minha mão.


SARAMAGO, José, Provavelmente alegria, Lisboa, Porto Editora, 2014, p. 17

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