Na sombra, que dizes?
Brilham teus olhos tristes
Húmidos de amor que procuras.
A boca entreaberta como a carne
Que, fresca, estremece e aquece nos meus dedos.
Não digas nada, beija
o beijo que em meus lábios
te curva a cabeça sobre o ombro
como a cintura nos meus braços quebra.
Se me pertences, beija;
Se não pertencerás mais do que agora,
beija.
Na sombra, que dizes?
PT
SENA, Jorge de, Post-Scriptum, Porto, Assírio e Alvim, 2023, p. 47.
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