Não posso adiar o amor para outro século
Não posso
Ainda que o grito suficiente na garganta
Ainda que o ódio estale e crepitar e arda
Sob montanhas cinzentas
E montanhas cinzentas
Não posso adiar este abraço
Que é uma arma de dois gumes
Amor e ódio
Não posso adiar
Ainda que a noite pese séculos sobre as costas
E a aurora indecisa demore
Não posso adiar para outro século a minha vida
Nem o meu amor
Nem o meu grito de libertação
Não posso adiar o coração
ROSA, António Ramos, Poesia presente - Antologia, Porto, Assírio e Alvim, 2014, p. 30.
Dedico-te estes versos XPTO, faz hoje 4 anos que te conheci, numa noite de São João/ apanhaste-me o coração/ mas tive de adiar o coração/ luto por não querer dizer não/ ao professor que chumba por olvidação...
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