Aquilo que esqueceste pode tornar-se agora
No que conheces. Por vezes, as mãos recebem
Uma outra luz. Não sabes bem se esperasse
Pela sua claridade que depois se apaga
Como se já não fosse necessária. Diante de ti
Ficam ruas por onde nunca passaste, as praias
Que não conheces sequer. Assim se fecharam
Os teus olhos. Estas são imagens perdidas,
Mas ainda vês as ondas inexistentes, um caminho
Que recordas apenas. Por isso estás mais perto.
GUIMARÃES, Fernando, Junto à pedra, Santa Maria da Feira, Edições Afrontamento, 2018, p. 92.
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