Interior de um leixao

 Praia dos 3 Castelos - Portimão 

Barcos a passar

 Praia da Angrinha, Ferragudo - Lagoa

Arte xávega

 Costa da Caparica 

Rua das 'Sevilhanas'

 Redondo 

Meia Praia 

Todo o corpo é uma onda, uma coluna flexível.

Respiras lentamente. A terra inteira é viva.

E sentes o teu sangue harmonioso e livre 

correr ligado à água, ao ar, ao fogo lúcido. 

ROSA, António Ramos, Poesia presente - Antologia, Porto, Assírio e Alvim, 2014, p. 73.

Praia de manhãzinha

Praia da Rocha em Agosto, às 9 da manhã 

Há palavras carregadas de noite e de ombros surdos e há palavras como giestas vivas

ÉVORA 

ROSA, António Ramos, Poesia presente - Antologia, Porto, Assírio e Alvim, 2014, p. 129.

À espera do dono

 Évora 

Lentamente

Palácio do Cadaval, Évora 

Lentamente 

A cidade aceita a escuridão. É uma batalha perdida (a

Da luz contra o negrume) desde

Sempre foi assim

Em todos os quartos da História 

em todas as praças e ruas em casebres

E em palácios.

GUIMARÃES, João Luís Barreto, Movimento, Lisboa, Quetzal, 2020, p. 60.

Quando o sossego é só sossego

Praia da Rocha 

Quando o sossego é só sossego e a visão do mar espraia a nossa identidade 

Sentimo-nos cúmplices da terra na densidade azul

ROSA, António Ramos, Poesia presente - Antologia, Porto, Assírio e Alvim, 2014, p. 337.

Vou subindo vagaroso

 

Vou subindo vagaroso.

Vou escalando a custo rumo a todo o lado 

Gemendo ser todas as coisas

Todos os mundos

Costurando o meu caminho preso aos óleos

Namorando o elevador

Surpreendido no polaroid do turista do turista

Alpino sobre a Bica

(...)

JONAS, Daniel, Canícula, s.l., Língua morta, 2017, p. 44.

Arte gótica e a luz

 Igreja de São Francisco de Évora 

Tudo é sonoro

Tudo é sonoro porque o silêncio se deslumbra 

E todas as diferenças se ligam

individualmente puras.

Só ele afirma a luz que não lhe pertence.

A luz que lemos.

ROSA, António Ramos, Poesia presente - Antologia, Porto, Assírio e Alvim, 2014, p. 63.

Antes de vazar/ a maré me deixou

Praia do Amado

Antes de vazar

A maré me deixou 

Em sol e sal

Molhado

Um poema,

Concha inaugural 

berço em espiral

que um dia abandonei

em busca do que não encontrei

(ou, se acaso encontrei

Jamais elucidei)

 BUENO, A. B., O sentido litoral, Lisboa, Guerra e Paz Editores, 2023, p. 38.

Crepúsculo no Alentejo

 Redondo

Torre altaneira

 Beja

Gatos e cães eborenses

 

Ruas dos Açores e da Madeira

Redondo, 2025