Amadurecer é sentir que todos os pássaros foram vão-se
E querer dar ainda dois pássaros não se sabe para quê
E firmar neles a duração e a palavra viva
como uma reverência de água ou um aceno de árvore
Por precária ou nula que seja a esperança a construção será ainda possível
Para que algumas palavras vibrem
ROSA, António Ramos, Poesia presente - Antologia, Porto, Assírio e Alvim, 2014, p. 260.
Sem comentários:
Enviar um comentário