segunda-feira, 4 de agosto de 2025

O mesmo sal




O mesmo sal o mesmo sol no ouvido é na língua 

A mesma transparência na visão e no pulso

A mesma cúpula  branca na cabeça e no ventre

A mesma ondulação  como uma palma abrindo-se

No solo no mar e no azul do céu 

É esta plenitude natural que nos cumpre conhecer 

Se quisermos entrar no âmbito onde os deuses nasceram


ROSA, António Ramos, Poesia presente - Antologia, Porto, Assírio e Alvim, 2014, p. 294.

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