O mesmo sal o mesmo sol no ouvido é na língua
A mesma transparência na visão e no pulso
A mesma cúpula branca na cabeça e no ventre
A mesma ondulação como uma palma abrindo-se
No solo no mar e no azul do céu
É esta plenitude natural que nos cumpre conhecer
Se quisermos entrar no âmbito onde os deuses nasceram
ROSA, António Ramos, Poesia presente - Antologia, Porto, Assírio e Alvim, 2014, p. 294.
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