quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Monte e arvoredos

Valverde
determinei ir-me para o pé deste monte, que de arvoredos grandes e verdes ervas e deleitosas sombras é cheio, por onde corre um pequeno ribeiro de água de todo o ano que, nas noites caladas, o rugido dele faz no mais alto deste monte um saudoso tom, que muitas vezes me tolhe o sono: onde outras muitas vou eu lavar, minhas lágrimas e onde muitas infinitas as torno a beber. 


RIBEIRO, Bernardim, Menina e moça, Lisboa, Editorial Verbo, 1972, p. 15.

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