Havia, num país distante, um Rei. Vivia no seu palácio, no cimo da colina,
rodeado de uma grande corte e na companhia do seu filho. Havia também nesse
reino um bosque, um grande bosque atravessado por um pequeno rio azul. Muita gente
vivia nesse bosque. Era gente boa e simples que nunca tinha entrado no palácio
real e que sentiria pouco à vontade se lá entrasse, tal era a distância entre
estes dois mundos tão próximos. Os homens eram caçadores e lenhadores. As mulheres
lavavam a roupa no rio.
Ora um dia o Príncipe, cavalgando no bosque ao longo do rio, viu uma jovem
lavadeira. Ficou secretamnete a olhar para ela por detrás dos canaviais e
apaixonou-se por ela. Gostaria de se propôr a ela e de a enamorar. Mas como
fazer? Levá-la a viver no palácio não era possível, seria de mais para ela. Ir ele
viver para a clareira do bosque, com toda a sua corte, também não.
Assustá-la-ia, a ela e a todos, e não iria resultar. Foi então que decidiu: “deixarei
a corte, perderei todos os meus privilégios reais, irei viver como mais um na
clareira do bosque”.
LEMOS, Nuno Tovar
de, O Príncipe e a Lavadeira – Redescobrir a fé cristã, histórias simples para
falar de Deus e de nós, 5.ª edição, Tenaritas, p. 83.
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