O sol que ainda não atingiu
O preciso prumo do dia em que a sombra
Se desvanece e o corpo tem o seu
Perfil mais inteiro, num socalco do tempo
Em que a mão do escultor trabalha
O seu recorte de linhas sonoras
Como sílabas, e o fecha nesse instante
Único, antes que a hora o fira
Com as manchas da tarde.
JÚDICE, Nuno, Memória lêveda, Navegação de acaso, Lisboa, D. Quixote, 2013, p. 87.
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