quinta-feira, 4 de setembro de 2025

Deus

Deus é a última sede a mais silenciosa

E é a cisterna azul da nossa solidão 

A prece levanta uma abóbada diáfano

Sobre a volúvel vacilação dos nossos passos

O seu hálito é a maresia branca do silêncio 

E o seu verbo a nudez sem espelhos do seu nome

Ele é uma qualidade da luz e do silêncio 

ROSA, António Ramos, Poesia presente - Antologia, Porto, Assírio e Alvim, 2014, p. 302.

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