A vida é tudo o que nós temos e quase nada é
Não mais que uma breve eternidade um longo esquecimento
Um ombro desejado num ansiado corpo de partilha
Nada se sabe para lá da vida
mesmo se é ela que nos apresente à morte
e a morte é tudo o que nos resta e quase nada é
não mais que a incerta sombra
sombra numa esquecida memória:
a longínqua lembrança do que já não está.
RIBEIRO, Rui Casal, Escrever a água, Lisboa, Edições Colibri, 2018, p. 85.
Sem comentários:
Enviar um comentário