Tive dias de solidão
Em que quase nada disse
porque não tinha com quem conversar.
O som da minha própria
voz espantava-me,
Lembrando-me
De que não sou um fantasma
Que flutua pela cidade
E passa despercebido.
Eu estava lá,
Silenciosamente desligada, apenas
com a voz na minha cabeça
a tornar-me mais familiar
que qualquer dos rostos
ao meu redor.
REINHART, Lili, A arte de mergulhar, Alfragide, Edições Asa, p. 157.
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