Esperar que voltes é tão inútil como o
Sorriso escancarado dos mortos na
Necrologia dos jornais
E no entanto de cada vez que
A noite se rasga em barulhos no elevador e
Um telefone se debruça de um sexto andar
Sinto que ainda ficou uma palavra minha
Esquecida na tua boca
E que vais voltar
Para
a
devolver
VIEIRA, Alice, Os armários da noite, Alfragide, Editoral Caminho, 2014, p. 27.
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