Ah dorme e sonha que eu estou acordado,
Sonhar as pétalas da flor vermelha azul depois do amor
Havia abrir das pétalas
E dorme aonde ali onde não esperaste...
E não magoaste mais saber de mim,
o teu descanso, o teu ondulamento...
a presença firme da minha ansiedade
a confiança dela em nós, em mim, em ti,
a esperança que ela tira à nossa cavalgada
para depor nos braços do correr descalços
o nome doirado pelo segredo
pela ternura de mais outro ofegar humilde,
hoje mesmo essa ilusão tranquila entre as ribeiras gentis
e o som agudo entre as escarpas do perdão sanguíneo,
violentamente
amor
violentamente
porque aceitei não te dizer porquê,
porque aceitei olhar no teu olhar e não ver nada
além do nosso bafo no metal polido...
(...)
SENA, Jorge de, Perseguição, Porto, Assírio e Alvim, 2021, p. 72.
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