Teu nome antes mesmo do caderno
teu nome na negra lousa eu o escrevi
Eu o escrevi e apage se perdeu e renasceu
Teu nome efémero teu nome eterno
Teu nome onde eras tu mesmo sem ti
Teu nome eu o escrevi eu o perdi
Teu nome que saiu das folhas para o mundo
Apesar da tinta que lentamente esmaeceu
Teu nome eu o escrevi e se inscreveu
De tal modo dentro de mim tão fundo
Que já não sei se és tu ou eu.
ALEGRE, Manuel, Livro do português errante, Lisboa, Publicações D. Quixote, 2022, p. 56.
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